NextGen, a afirmação de um clube formador


O Sporting é reconhecido internacionalmente como fonte de talentos, jogo após jogo é uma constante encontrar olheiros de grandes clubes europeus à procura de um novo Figo ou Ronaldo. Tal reconhecimento internacional concedeu ao Sporting a oportunidade de competir contra outras escolas do futebol europeu, uma espécie de Liga dos Campeões de Sub-20. Após uma fase de grupos em que dos 18 pontos em disputa acumulou 16, o Sporting chegou aos quartos-de-final como claro favorito, tendo inclusive o melhor ataque e das melhores defesas da prova. Acabámos por ser eliminados hoje por uma equipa tipicamente italiana, com o estilo de jogo mais irritante mas eficaz que existe no futebol: defesa intransponível e crença na concretização de uma oportunidade. O Sporting foi claramente uma equipa superior em termos tácticos e técnicos, mas num jogo com estas características é importantíssimo ter presença física em todos os sectores do campo, aliás, o golo da derrota nasce numa bola parada.

Contudo, não se pode começar a desvalorizar o que de bom temos na academia, foi claramente um jogo infeliz de uma das melhores fornadas (senão a melhor) de jogadores desde a construção do espaço. O principal objectivo desta competição era preparar os jovens jogadores para o futebol profissional, uma espécie de fase de transição entre o futebol de formação, com menor visibilidade, para o futebol profissional, com maior visibilidade e carga física. Vencer a competição era um prémio pelo trabalho realizado, não podia ser (nem foi) o principal objectivo, era algo que vinha por acréscimo.
 
Há razões para acreditar num Sporting com grandes jogadores provenientes da Academia! Temos um guarda-redes (Veloso) com características ímpares de guardião, um defesa-esquerdo e um defesa-direito que parecem locomotivas (Mica e Esgaio), um central que face às limitações fisionómicas (altura) não dá um lance por perdido (Ie) e outro que com melhoria de concentração tem tudo para chegar ao topo (Ilori), um tridente central com clara tendência de tiki-taka com manutenção segura da posse de bola (João Mário, Agostinho Cá e Chaby), extremos explosivos com velocidade e drible estonteantes (Iuri, Bruma, Etock e Mané) e um avançado goleador (Betinho). A estes acrescento um jovem valor que, fruto do bom desempenho do Sporting na competição, já rendeu um milhão de euros aos leões, devido a uma transferência para o Liverpool, João Carlos. É de realçar o papel da equipa técnica, que soube incutir os valores leoninos nestes jovens ou não fossem eles figuras carismáticas do universo sportinguista: Sá Pinto, Vidigal e Nelson.
 
Apenas mais uma palavra de apreço para os 6500 adeptos que se deslocaram a Leiria. Nunca em Portugal existiram tantos espectadores a assistir a um jogo da formação, o que só vem demonstrar que o Sporting está vivo e não depende apenas do futebol profissional. Estes jogadores tiverem hoje o primeiro choque com a realidade, mas para compensar já sentiram um cheirinho na atmosfera de pura paixão leonina vinda das bancadas!

2 comentários:

sm17 (sportingnossograndeamor.blogspot.com) disse...

Realmente, hoje vi o jogo e fiquei bastante contente com aquilo com os nossos miúdos fizeram. Nunca pararam de lutar, fizeram frente ao Inter e só foi pena não terem marcado nas oportunidades que tiveram. Temos bons jogadores para o futuro, temos é de saber aproveitá-los.

Cumprimentos,
sm17

Anónimo disse...

Penso que o betinho devia integrar já o plantel principal do sporting. Se ele ontem marcasse aquele golo hoje tava-se a falar de um grande ponta de lança. É um grande goleador e se rubio esta no plantel porque é que este jovem nao está tambem? SL