Numa altura em que se aproxima a
passo largos o primeiro jogo oficial da temporada, o plantel do Sporting está praticamente
definido, sendo que as únicas indefinições estão relacionadas com saídas de
jogadores. Com uma política de contratações bem definida, Carlos Freitas voltou
a encontrar boas oportunidades de negócio, apostando em jogadores experientes
(à exceção de Labyad) a “custo zero” e jovens com grande maturidade
competitiva. Ainda poderá surgir alguma surpresa de última hora para o ataque,
mas a nível de entradas (assumindo que Viola já é nosso), não será de esperar
grandes incursões no mercado.
No início da temporada eram
claras as debilidade no plantel: centro da defesa, médio-defensivo e ataque.
Chegaram Bouhlarouz e Rojo para a defesa, jogadores versáteis e que aumentam
sem qualquer dúvida o nível qualitativo e competitivo na posição. Gelson será
concorrente direto de Rinaudo, e, tendo em conta com o que tenho visto, o
argentino vai ter de dar duro para manter o estatuto. Labyad será o substituto
natural de Matias (concordo com a sua saída, os valores é que foram ridículos),
é mais regular e um talento de classe mundial em potência. Viola chega para
concorrente direto de Wolfswinkel, desconheço o seu valor futebolístico, apenas
li que apenas com 20 anos já é ídolo no seu antigo clube (não é de todo
improvável que chegue outro avançado). Pranjic foi a meu haver a melhor
contratação até agora, tem sido opção do lado esquerdo da defesa mas, apesar de
ter tido bom rendimento, tenho curiosidade de vê-lo a jogar mais avançado no
terreno, por exemplo a nº10.
O desejável seria manter o núcleo
duro da temporada passada e acrescentar opções de qualidade nas posições
debilitadas. Até agora, em termos de entradas, tiro o chapéu a Carlos Freitas.
Porém, como habitual, é de realçar alguns aspetos negativos. Já saíram João
Pereira, Polga, Matias e possivelmente Izmailov. Hoje fala-se de Onyewu e já
circulou o nome de Elias. Além de vender mal, Carlos Freitas arrisca-se a ter
de contratar quase um novo onze, quando o desejável era manter estabilidade.
Onyewu, Xandão e Carriço: um
deles irá sair. A minha opção seria Carriço, é certo, mas a nível qualitativo a
central simplesmente não rende. Vender Onyewu seria um tremendo erro, é líder
de balneário, gosta do clube e os adeptos gostam dele, para além de que
consegue ser decisivo em muitas partidas. Xandão é um elemento com grande
potencial e gostava que ficasse, com a dose certa de concentração tem tudo para
ser central de seleção. No meio-campo também ainda deve haver mais saídas, com
Izmailov muito da saída (e ainda há a situação de Adrien). Veremos o que a lei
de mercado nos dita, em Setembro cá estarei para fazer a análise final.