Na concretização de uma ideia que
há muito defendia (criação de uma Taça própria, a disputar em Alvalade), o
Sporting homenageou da melhor forma o melhor quinteto que o futebol português
já viu, os 5 Violinos. O Olympiakos foi o convidado de honra da primeira edição
da prova que, felizmente, ficou em casa.
O Sporting entrou com o onze que provavelmente
iniciará o campeonato (só trocava Gelson por Rinaudo), e desde cedo assumiu o
comando do jogo: não fosse o árbitro do costume a não ver um penalty claríssimo
sobre Wolfswinkel. Com o Olympiakos num estilo de jogo expectante e à espera do
erro do adversário, os leões foram controlando as ações do jogo, ainda de que
uma forma lenta e previsível, com longas trocas de bola entre a defesa (quando
as linhas jogam afastadas dá nisto).
Sem qualquer alteração, os
comandados de Sá Pinto regressaram revigorados do intervalo. Com um futebol
dinâmico e desenhado totalmente no meio-campo grego, o Sporting teve minutos de
bom futebol com vários lances de perigo. O golo acabou por chegar aos 52
minutos, com um excelente remate de Elias de fora da área. Em vantagem no
marcador, o Sporting não entregou o “volante” ao adversário, baixou nitidamente
o ritmo de jogo (muitas substituições) ao mesmo tempo que ia criando algumas
oportunidades de perigo. Em suma, uma boa vitória, com uma boa 2ª parte.
Veremos qual a cara do leão em Guimarães: o leão apático e descrente da 1ª
parte ou o leão dinâmico e dominador da 2ª?
Sinal +
MVP: Adrien _ Evolução notável
que este rapaz apresenta, pena toda a polémica das últimas semanas. A jogar a “10”,
foi combativo e inteligente na abordagem a todos os lances, resolvendo inúmeros
problemas descobrindo linhas de passe (fica na retina um passe de calcanhar
junto à bandeirola de canto). O processo de renovação parece encaminhado, e com
estas exibições isso não só se justifica mas também se exige.
Elias _ É a minha aposta para
jogador da época, isto se entretanto não sair. Mais solto em campo (Gelson permite-lhe
menos exigência defensiva), preenche com categoria todos os espaços livres do
meio-campo, formando com Adrien uma dupla atacante de grande valia.
Boulahrouz _ Classe. Uma única
palavra define a atuação do central holandês. Falhou um passe que podia ter
comprometido, mas a sair com a bola jogável há muito que não via um central
deste nível em Alvalade. Forte na antecipação e, surpreendentemente, de passada
larga, afirma-se como elemento imprescindível para Sá Pinto.
Sinal –
Ínsua _ Parece algo preso, ainda
não encontrou o melhor nível físico. Não comprometeu a defender, mas quando
subia (sempre tomando iniciativas inconsequentes) foi algo lento a recuperar. Mérito num corte que impediu o empate. Não sei se com o argentino assim Sá Pinto não colocará Pranjic em Guimarães.
Capel _ Juntamente com Ínsua,
ainda não está ao melhor nível. Na primeira parte não deu sequência a nenhum
lance, ora perdia a bola ora, em cruzamentos, não conseguia elevar a bola pelo
primeiro defesa. Na segunda parte já esteve melhor (passou do lado esquerdo
para o lado direito), mas continua longe do seu melhor nível.
Relvado _ Ao segundo jogo da
temporada, os primeiros problemas. Muitos tufos (ainda que pequenos)
levantados, com a relva aparentemente muito seca.
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