Depois de quase uma semana de interregno, os adeptos leoninos ansiavam por novo encontro da equipa profissional de futebol, dado que, aliado ao bom momento da equipa, o próximo adversário não era daqueles que só de ler o nome mete medo. Puro engano. O Sporting entrou em Aveiro, como costuma fazer, ou seja, a controlar todas as acções do jogo, concedendo pouco tempo de posse de bola há equipa visitada. O golo não queria surgir, e quem está habituado aos 10 minutos já estar a ganhar, começou a evidenciar ansiedade quanto ao aparecimento do primeiro golo (eu enervo-me bastante a ver os jogos). O Sporting podia ter ido para o descanso em clara vantagem, não fossem as brilhantes defesas de Paulo Lopes e a ineficácia de Wolfswinkel e Elias, que tiveram as principais oportunidades. No segundo tempo, o leão voltou faminto, embora as oportunidades de golo não acontecessem não abundantemente. O primeiro momento do jogo acaba por ser a expulsão de Henrique, que, no espaço de um minuto, fez duas faltas sobre o “abre-latas” Capel. A partir daqui o jogo este confinado ao meio campo fogaceiro, com a bola a circular pelos dois flancos, com intensidade e rapidez. O primeiro golo surgiu após uma grande penalidade sofrida por Schaars, que aproveitou a entrada depois de Cris e deu a oportunidade de Wolfswinkel facturar. O segundo golo voltou a ter selo holandês, com Schaars, após um lance de insistência, a desferir um míssil indefensável. Até final, uma bola ao poste (por Carrillo) e mais alguns jogadas interessantes que acabaram por não traduzir um aumento no marcador. Em suma, uma vitória nada fácil, com uma equipa muito bem organizada e essencialmente constituída por jovens valores portugueses. Se, como eu, no inicio do campeonato consideravam o Feirense um sério candidato à descida, desenganem-se, têm qualidade e trabalho suficientes para ficarem nos 10 primeiros lugares.
Sinal +
Defesa _ a dupla de centrais Carriço/Onyewu esteve bastante segura, com o americano a ganhar todas as batalhas aéreas e o português a regressar a um nível de boa qualidade (merece ser chamado à selecção, ainda para mais tendo em conta a escassez de recursos). É de realçar que no último mês o Sporting sofreu apenas um golo.
João Pereira _ está outro jogador, muito mais concentrado e menos refilão, um dos defeitos que lhe apontava. A jogar a este nível, será difícil Bosingwa tirar-lhe a titularidade na selecção.
MVP: Schaars _ esteve bastante apagado na primeira parte, não teria causado grande espanto se fosse substituído ao intervalo. Contudo, na segunda parte emprestou dinâmica à equipa, circulando a bola rapidamente e acertando todos os passes. Jogou e fez jogar, sendo protagonista nos dois golos do Sporting.
Adeptos _ Foram mais de 15 mil que ontem encheram o primeiro anel do municipal de Aveiro. A onda verde está mesmo de volta, não há como contrariar.
Sinal –
Arbitragem _ um penalty por assinalar a favor do Sporting, amarelo mal mostrado a Rinaudo (já se torna hábito), segundo amarelo a Henrique mal mostrado. Acabou por não influenciar o resultado do encontro, mas são demasiados erros para um só jogo.
Departamento médico_ Já é a segunda vez que Jeffren se ressente da mesma lesão, o que causa desconforto não só ao jogador mas à estrutura leonina e aos adeptos. Coincidência ou não, já são demasiados os casos que giram em torno do departamento médico do Sporting (Luís Aguiar, Rodriguez, Izmailov, Jeffren)
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